Jack Johnson - To The Sea
Estive ouvindo 2 diferentes Jacks esses dias. A
semelhança entre eles é que demorei muito para os conhecer devido a um preconceito
que tinha sobre ambos. Sobre o primeiro Jack escrevo agora um review do último
álbum lançado
Hoje o Jack que me referirei é o Johnson. O que me
impediu de conhecer mais precocemente este artista foi a idéia que Jack cantava
música praiana com voz e violão, algo do tipo MPB (MPA no caso) dos mais chatos.
Minha concepção era algo do tipo: surfista frustrado resolve pegar um violão e
sair cantando música zen para um público “alternativo” (se é que você me
entende). Mas graças aos Deuses resolvi dar essa chance ao rapaz e não me
arrependi.
Jack Johnson é um ex-surfista – não frustrado (já
que a maioria das músicas e clips a temática é explorada), que faz músicas pop-rock
simples, quase indie, que apesar da presença do violão não se assemelha com
música de barzinho.
Comprei o To the Sea incentivado pelo magnífico vídeo
da música que abre o álbum: You and Your
Heart. Esse vídeo é o melhor cartão de visitas que o álbum podia fornecer.
Uma praia de águas belíssimas (me lembra dos meus próprios dias de praia), onde
Jack nada e surfa livremente, sem historinhas, sem viesses, sem grandes
produções. A música é simples e bela tem uma melodia muito agradável Esse clima
retrata exatamente o que será ouvido nos próximos 40 minutos
Outro grande destaque é a melódica No Good with Faces, que começa com uma
belíssima gaita ao fundo dando o tom triste a música, mas que evoluiu com uma
levada que contrapõem a triste gaita. É o tipo de música pra ouvir de olhos
fechados, no fone de ouvido, para transpor-se ao lugar em que sua felicidade se
encontra. Assim como na nostalgia, felicidade e tristeza convivem harmonicamente
aqui.
At You With Me e
From the clouds mostram a faceta mais
pop-rock, com uma levada mais ska, muito bem produzidas. The Upsetter aposta na percussão mais preponderante, com uma bonita
melodia. Destaco ainda a música Red Wine,
Mistakes, Mythology.
Como nem tudo é perfeito a música My Little Girl é exatamente aquela
voz-e-violão que tão me causa ojeriza, bem tediosa, ela simplesmente não decola.
Anything but the Thruth com maior
produção que a supracitada não consegue esconder também toda a chatice.
Jack Johnson conseguiu romper uma barreira em mim
porque realmente compôs uma obra simples e bonita. Esse álbum apesar alguns
escorregadelas está em um nível acima da maioria dos lançamentos pop-indie-rock
que vemos por aí.
Por que ouvir: Porque é simples,
bonito, agradável e bem feito.
Ponto Fraco: Uma ou outra música tipo voz-e-violão que te matam de tédio.
Nota: 8.0
Nota: 8.0
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